Estes incluem obstrução nasal, rinorréia (corrimento excessivo de muco nasal), espirros, prurido (coceira) e hiposmia (redução da sensibilidade olfativa). Podem também surgir sintomas oculares, tais como prurido e hiperemia conjuntival (olhos avermelhados).
Diante da elevada prevalência, a rinite vem sendo considerada uma patologia da civilização moderna. O Brasil está entre os países que apresentam maior número de casos. Apesar de não ser uma das doenças respiratórias crônicas de maior gravidade, ainda assim é considerada um problema global de saúde pública, pois afeta a qualidade de vida dos pacientes. Mesmo com o aumento no número de casos ao longo dos anos, certamente esses valores sejam ainda subestimados, já que muitos não a reconhecem como doença, e por isso não procuram auxílio de profissionais. Contudo a rinite alérgica está entre as dez razões para procura de atendimento primário à saúde.
Os sintomas da rinite alérgica podem ser sazonais, e ocorrerem em determinadas épocas do ano, como na primavera durante a floração ou na chegada das estações mais frias e secas, ou podem ser perenes, onde a exposição à alérgenos específicos, como ácaros, poeira domiciliar, pêlos de animais, entre outros, for diária. A persistência dos sintomas pode acabar provocando comorbidades, como asma, conjuntivite alérgica, rinossinusite, otite, tosse crônica, polipose nasal, entre outros.
O diagnóstico é feito através de anamnese e observação dos sintomas, avaliação da cavidade nasal, teste alérgico e exames de imagem. Além do tratamento medicamentoso, para alívio dos sintomas, sempre que possível deve-se evitar contato com os fatores que desencadeiam as crises.
Com freqüência os pacientes que sofrem de rinite abandonam o tratamento, pois se trata de uma doença crônica, na maioria das vezes com sintomas leves. Mas as manifestações moderadas e graves provocam deterioração significativa na qualidade de vida, compromete o sono, a concentração, capacidade de aprendizado, entre outros. Um profissional habilitado pode auxiliar nessa compreensão da importância da adesão ao tratamento medicamentoso e das medidas não farmacológicas necessárias para o controle da doença e ganhos na qualidade de vida, sendo que o sucesso terapêutico de uma doença crônica depende essencialmente da adesão do paciente.